Aprendi o silêncio com os tagarelas; a tolerância com os intolerantes e bondade com os maldosos. Não deveria ser ingrato com esses professores.
quarta-feira, 31 de março de 2010
Deus nos faz saber que temos de viver como pessoas que dão conta da vida sem Deus. O Deus que está conosco é o Deus que nos abandona (Marcos 15.34). Deus é o Deus perante o qual nos encontramos continuamente. Perante e com Deus vivemos sem Deus. Deus deixa-se empurrar para fora do mundo até a cruz; Deus é impotente e fraco no mundo e exatamente assim, e somente assim, ele está conosco e nos ajuda;
Que há sofrimento e brutalidade na Bíblia, ninguém há de negar; é um livro sobre a humanidade, e o sofrimento é um fato da existência humana. O Deus do Antigo Testamento não se mantinha distante de Seu povo eleito; participava de suas lutas e tratava os inimigos de Israel como Seus inimigos. Quando Israel transgredia Suas leis, Deus reagia com uma ira terrível. Nosso Deus não é uma divindade distante - um Buda que já transcendeu a tudo, ou um Zeus que faz troça das desgraças humanas. De todas as religiões do mundo, o cristianismo é a única a representar um Deus que sofre, um Deus que assumiu em sua própria pessoa a dor humana, e que em Sua agonia gerou a salvação da humanidade.
Clarence Wilmot, personagem de John Updike em Na Beleza dos Lírios, Cia das Letras, p.60
Clarence Wilmot, personagem de John Updike em Na Beleza dos Lírios, Cia das Letras, p.60
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